Os Portados Quinhentistas de Castelo Branco

Durante a minha visita a Castelo Branco, dei um pequeno passeio pelas ruas da cidade e foi quando saí do centro da cidade para subir ao castelo que encontrei este percurso especial.

Castelo Branco tem uma zona histórica repleta de belos Portados Quinhentistas e uma malha urbana que pouco se alterou.

Pode-se ir ao castelo de carro, mas, para quem pode, é muito mais interessante caminhar pelo meio das ruas para descobrir estes chamados Portados Quinhentistas.

As decorações, feitas em relevo, nas portas ou nas janelas indicam a profissão ou o estatuto social de quem lá vivia.

O estudo das casas que ostentam estes Portados Quinhentistas revela tratar-se de uma arquitetura de parcos recursos que, em muitos casos, faz uso de uma decoração que se pode informalmente designar de “Manuelino pobre” ou “Manuelino popular”.

O seu carácter repetitivo permite à casa corrente contribuir para a definição da imagem da cidade, ocupando a quase totalidade do espaço urbano edificado na Zona Histórica. Para além disso, a casa corrente medieval é um excelente testemunho das necessidades e atividades sociais e profissionais do homem de então.

É nos lintéis dos portados e janelas que surgem pormenores decorativos com motivos em alto e baixo-relevo, registos da época e indicadores do ofício ou do desafogo económico e estatuto social do habitante.

The sixteenth-century Portados of Castelo Branco

During my visit to Castelo Branco, I took a short stroll through the city streets and it was when I left the city center to go up to the castle that I found this special route.

Castelo Branco has a historic area full of beautiful 16th century gatehouses and an urban fabric that has changed very little.

You can go to the castle by car, but for those who can, it’s much more interesting to walk through the streets to discover these so-called sixteenth-century Portados.

The embossed decorations on the doors or windows indicate the profession or social status of those who lived there.

A study of the houses that display these 16th century shutters reveals that they are an architecture with few resources which, in many cases, makes use of a decoration that can informally be called “poor Manueline” or “popular Manueline”.

Its repetitive nature allows the casa corrente to contribute to defining the image of the city, occupying almost all of the built urban space in the Historic Zone. In addition, the medieval current house is an excellent testimony to the social and professional needs and activities of the man of the time.

It is in the lintels of the shutters and windows that decorative details appear with motifs in high and low relief, records of the time and indicators of the trade or economic ease and social status of the inhabitant.

Deixe um comentário